A ideia de construir um blog sobre cultura com alunos já passava por mim há algum tempo. Um espaço de expansão e de conscientização. Expansão do entendimento de que a cultura está em tudo, tudo, tudo. Cada ação intencionada, articulada às possibilidades e às realizações energéticas, constitui o que consideraremos aqui “cultura”. Tudo pode ser dito, tudo pode ser questionado.
Da procissão na rua de um bairro distante, dos desfiles de carnaval dos blocos praticamente improvisados, do passeio em ócio por um lugar interessante, dos comentários que postamos em redes sociais todos os dias. Falaremos, portanto, das nossas verdades interiores e da percepção que dividimos com o mundo.
Apontamos uma postura contemporânea a aceitar que “o narcisismo agora é pop, pois as famílias e as organizações são agora meios de expressão. É a busca desenfreada pela informação e pela expressão: no lazer, na academia, no esporte. O rótulo de tudo será ‘cultural’” (FÀVERO, Adalberto. “Uma analogia sociocultural ou a triste morte do Sujeito”. In: mediação. n 9. ano II. Curitiba: Colégio Medianeira, sd. p. 29). Expandimos o conceito para que o horizonte se torne mais confortável aos nossos correspondentes.
Não objetivamos, no entanto, abolir as particularidades, mas ressaltá-las. “A ficção contemporânea constrói a cidade imaginária liberta de marcas locais” (GOMES, Renato Cordeiro. “Literatura e resíduos utópicos: heterogeneidade cultural e representações da cidade”. In: OLINTO, Heidrun Krieger; SCHOLLHAMMER, Karl Erik – orgs. Literatura e Cultura. Rio de Janeiro: PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2003. p. 114). E, objetivamente, é justamente contra este fluxo que seguimos. Subjetivamente, é este fluxo que problematizamos. Apresentar o eixo São Gonçalo – Niterói – Rio de Janeiro nos faz buscar a compreensão de nós mesmos, de cada um como eixo de toda uma construção complexa, que é toda cidade, que é toda existência.
Sejam todos muito bem vindos!
Fiquem à vontade!
A casa é nossa.
Por Jordão Pablo de Pão
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